Uma das principais características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o prejuízo na habilidade de comunicação e, consequentemente, de interação social. Estudos apontam que, em comparação com crianças com desenvolvimento típico, crianças com TEA apresentam atraso na aquisição das primeiras palavras.

A importância da intervenção para comunicação social em crianças com TEA

É sempre bom lembrar que a comunicação não se resume à fala. Existem formas não-verbais de comunicação, pelas quais a criança pode expressar seus desejos, suas emoções e compartilhar a atenção por meio de aplicativos, do uso de tecnologia, ou de ampliação de interação social.

Algumas crianças com TEA podem ser não-verbais, necessitando de apoio para a comunicação. Já outras podem se comunicar pela fala fluente ou, ainda, ter uma certa dificuldade com a linguagem verbal. É preciso estar atento para ampliar as formas de comunicação das crianças, oferecendo o suporte necessário em cada nível.

Nesse sentido, o acompanhamento terapêutico, por meio da chamada intervenção precoce, é essencial para que pessoas com TEA desenvolvam todo o seu potencial comunicativo. Quanto antes a intervenção for iniciada, de preferência nos estágios em que ainda estão aprendendo a se comunicar, maior é o benefício para a criança com TEA.

Essa intervenção deve ser realizada não só no ambiente terapêutico, mas também ser ampliada para o ambiente familiar e escolar, priorizando a mesma forma de comunicação utilizada. Para isso, é necessário o treinamento e prática dos profissionais, dos pais e de toda a equipe de suporte da família, para que as habilidades desenvolvidas possam realmente se integrar à rotina social da criança

O papel da família nas intervenções mediadas em crianças com TEA

Estudos recentes apontam que intervenções mediadas pelos pais em crianças com TEA podem melhorar vários aspectos como: atenção compartilhada, linguagem expressiva, comunicação não-verbal, iniciação e resposta à interação, brincadeiras e adaptações da rotina, beneficiando a comunicação social como um todo.

Nesse tipo de intervenção, a família e toda equipe que atende a criança recebe informações e orientações específicas para cada caso, sendo incentivadas a assumir posturas atuantes e participativas no processo de desenvolvimento da criança.

A partir de estudos encontrados na base de dados Cochrane, sabe-se também que esse tipo de intervenção enriquece a relação e o vínculo dos pais com seus filhos.

Conheça o Projeto ImPACT: uma ferramenta de intervenção para comunicação social em crianças com TEA e outros transtornos do desenvolvimento

O Projeto ImPACT é reconhecido como um dos programas mais eficazes para o apoio de famílias de crianças com TEA e outros transtornos que afetam a comunicação social. Ele foi desenvolvido como uma intervenção mediada pelos pais, podendo ser utilizada por profissionais que atuam na intervenção direta com crianças. A sua indicação é para crianças de até 6 anos, mas o instrumento também pode ser usado para crianças mais velhas com outros transtornos do desenvolvimento que acarretam prejuízos à comunicação social.

Todos os profissionais que trabalham na intervenção precoce podem utilizá-lo, incluindo fonoaudiólogos, educadores, assistentes sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O foco é ajudar crianças a comunicarem seus desejos e necessidades de uma forma que seja compreendida pelos outros. Os objetivos de comunicação social são escolhidos pelo profissional junto às famílias.

O ImPACT conta com manual de cognição social, tabelas e avaliações para o monitoramento de vários níveis de habilidades das crianças com TEA. A partir de uma abordagem individualizada, o profissional pode auxiliar a capacitação das famílias para envolvê-las através do brincar e das experiências do cotidiano, ampliando o desenvolvimento da comunicação social, ganho de interação e outras habilidades.

Como utilizar o instrumento?

Para utilizar o ImPACT é necessário passar por uma capacitação. Até o momento, o material de aplicação e uso do ImPACT não estava disponível em português. Contudo, temos uma ótima novidade: a Inclusão Eficiente, em coedição com a editora Hogrefe, realizou a primeira tradução do material para o português!

Além do material, a Inclusão Eficiente também irá realizar um treinamento ao vivo, com tradução simultânea, ministrado pela principal autora do instrumento, Dra. Anna Dvortcsak, capacitando terapeutas brasileiros para o seu uso.

Este será o primeiro treinamento do instrumento ministrado no Brasil a partir da tradução do manual. Juntamente com o curso, os participantes receberão, sem custos adicionais, um exemplar do manual traduzido.  

Inscreva-se já e passe a utilizar essa que é uma das ferramentas mais modernas de intervenção mediada pelos pais para comunicação social em crianças com TEA e outros transtornos do desenvolvimento

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